domingo, 6 de dezembro de 2009

O primeiro suspiro


EU TENHO 7 FORMAS
cada form[a] contendo 5 cabeças
cada cabeça muitas sentenças
cada uma das 7 formas tem uma alma que dança dentro da casca, mas foge das paredes,
jorra luz quando pode, vive.Ca-ca-ca-ca-da fo-fo-for-ma possui uma algumas coisas em comum,
uma delas é um coagulo no coração. Cheio de vento raivoso. Dói, mas dói.vamos mudar parcialmente de assunto?!
De todas as formas eu prefiro, por ordem de dor, a quinta forma.No final de um tudo, de qualquer tudo, até mesmo dos pesadelos ela cobre a alma, com o cheiro de flores.
Ela sonha com nojentos sapos, e com cobras saindo do mato,
do mato pregado em suas pernas, os pentelhos são os matos; emergindo de dentro de suas carnes:cobras
[dentro das carnes houve cobras]
depois de passar por cima das cobras rastejantes pelo chão inundado,
inundado de águas podremente aespelhar
depois de amputar, depilar os vestígios de de de
ela volta os olhos aos sapos gordos, e corre de nojo, de nojo da riqueza,

(minha vó, disse que sonhar com sapos é riqueza)

e vê um morro e sobe no morro, recoberto de asfalto, o morro está em posição verticalizada ao extremo que, se houver algum descuido: morro: cai-se e volta-se aos sapos.
Gente, gente, se estiverem esquecido, lembrem, tudo isso é quando a quinta forma
sonha, dorme acordada com os ventos que a empurrarão e farão com que ela consiga levantar com as
grandes unhas, o asfalto negro asfalto, fixado no morro de alturas sentimentais e conseguir chegar lá,
lá em cima, com total ereção corpórea, e vê todo o pântano que rodeia as outras 6seis] formas, e sorri.
Sorrir porque lá de cima, a água negra e os matos, esquecem o atordoar, na verdade não conseguem e
elas- a paisagem anterior, interior- chegam até aparecer belas, daí as seis formas, as outras seis ficam lá, sendo,

domingo, 30 de agosto de 2009

um pombo branco entrou num trem

o trem partiu e levantou voo

depois de 6horas de voo

pousou nas asas de uma borboleta azul

e o pombo branco desceu

desceu com um salto alto vermelho

o salto era de uma velha sem pernas

ele a roubou!

caminhando, caminhando

ele chegou até sua casa
que era do outro lado da estação de trem

ou seja, do outro lado do mar de espelhos

trilhos feitos de ossos retirados
da costela de uma moça virgem
que fora beijada por um anão
recortavam o mar e ligavam a primeira à
segunda
à terceira
à quarta margem do mar

uma liga a outra!

o mar está poluído !
Há imagems de lunáticos compulsivos pelo querer ser

querer ser:
ser algo estranhamente posto em [parâmetros]
o mar está poluído...

poluído por resquícios de radiação de um corpo sujo
sujo de sol eclipsado por uma lua
TRANSPARENTE

Ao amor


não é em um endereço comprado que eu vou morar.
As bolas do arraial da santa que dá entraram em meu estômago sem pedirem permissão.Todas as manchas do suor fétido de um vendedor de brinquedos falso devoto fizeram meu sangue ganhar novas texturas, texturas artificiais. Fogos de artificio benéficos estouram sons não programados no céu da boca daquele que pediu mais que 4 paredes, pediu um templo, e,ganhando oito paredes leva um anjo pro mar, só pra agradecer a santa que dá.
10 Flores penduradas em varais ambulantes são vendidas no final da festa por 1 real, as flores procuram paus de fita pra serem amarradas, elas são ponte de pedidos feitos de boca calada por causa do nó que a garganta sofreu.
as cores e a espécie não importa!
Só o que importa são as lágrimas que velas de 1 metro apagadas choraram. Só o que importa é a força brutal dos interesseiros que puxam corda do seu enforcamento. não há braço, peito, perna ou até coração de cera com cor de lua cheia que engula o choro ao ver lírios mimosos voarem sob céus de mangueiras casadas com o chão. Não há!
Águas bebidas por mim e por eles são mais que lágrimas da humanidade que perdeu o cortejo o qual exalta o Amor, que num mar de seres divaga, navega na berlinda enfeitada de olhos: castanhos, negros, azuis, verdes.Verdes gramados hoje não são proibidos de pisar, hoje domingo, o céu fez questão de passar pelo chão e plantar verdes gramados onde minhocas com suas não patas e seus corpos cheios de anéis de noivados desmanchados fertilizam o tapete para os pés dos deuses passarem rumo a seus templos pessoais.
Aqui e ali tudo é passageiro,,mas há porens.Os negros poste de iluminação celestial cantam em um coral bem interligado e nos prendem , nos fazem armazenar acontecimentos vistos através do espelho de um balão que se jogou do alto de um prédio só pra enfeitar o ar quando o amor passou.
Todos pagam pra ver e sentir o amor passar. Eu já guardei no bolso da memória pisões e gritos no ouvido de carne, há quem pague o ingresso gratuito com pedaços de pele do joelho, e há os que agendam desmaios pra quando o elefante com muitas cabeças passar. Esse tem uma trombra que praticamente é so sentida, só é vista quando um forasteiro na província pede a santa pra ver e ela, faz seus filhos levantarem a tromba. É lá é levantada a cruz que um tal salvador carregou.
Eu carrego sobre essa cabeça minha e do mundo uma casa de is opor, to te pedindo, santa que dá, me dá uma casa igual essa, com paredes sem tempo,teto feitos de constelações raras chão batido por um realizador de sonhos e que na sala haja um armador pra minha rede de pesca predatória de infortunios naturais, quero um banheiro azul onde eu possa me deitar no ar e tomar banhos de mar saindo do chueveiro.
Peço-te santa que dá, ajude mais esse Deus construir seu templo, não desejo pagar com minha alma esse lugar de repouso, pois quero trazer mais que o corpo pro próximo círio. Me ajude santa que dá!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

AGORA

domingo, 23 de agosto de 2009

seis mêses aqui


como eu queria te encontrar hoje nessa praça
tua boina encobrindo toda tua singelidade e alma de balão voador
ia fazer eu saber que tudo era verdade e hoje.
eu com certeza ia te ver encostada no vazio de uma pedra gigante,
com a mão ocupada segurando um flor invisível
com o ouvido ocupado pela musica do vento
e pronta pra abraçar-me com um sorriso sem graça
sem graça por causa do vento que passara e arrepiara seu coração.
ah, eu iria visitar o plano do passado, do que aconteceu.
como eu queria te encontrar hoje na republica
a grama verde ate se pintou de azul da noite,
o vento abraçou-me de saudade quando meus pés la pisaram
lá, ia ser representada uma peça sobre o amor.na verdade foi
a peça falava sobre o amor, mas ela estava sendo encenada em cima do amor.
[é, o sentimento]
seis meses aqui.
tá me vendo?
não, eu não to te vendo.
tá me vendo? eu to te veeendo.
tou, to, eu to te vendo.
tá me vendo?
olha, é teu, deixaste cair seis meses atrás.
o meu primeiro amor é hades

sábado, 15 de agosto de 2009

Qualquer dor na cabeça
qualquer dor na boca do estômago
qualquer dor
qualquer dor que seja ruim
eu?
eu, não quero mais
me cansei de engulir estrelas
e depois passar mal sozinho.
cansei de comer pedaços do sol
e me queimar sozinho.
vou colocar a minha casa no meu bolso.
e a minha ca,ma sempre nas minhas costas.
um analgesico pode ser bom.
que dor!
que dor na cabeça!
será que é por causa do oléo de maquina que eu tomei?
que doooooooooooooooor!//
ta bem ta bem eu acredito em Deus. mas faz passar isso!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Abrace um outro burro?



era uma vez uma manhã com sol brilhante de inverno, dois burros resolveram sair às compras, se divertiram muito com todo o mecanismo ardente e fervente e frenético do funcionamento da cidade, compraram uma TV, um computador, um maço de 40 kg de capim, um maço de cigarro, um radinho à pilha-que marcava a hora- um mp4 e roupas para o inverno que acabara de chegar(e estacionar-se pela eternidade).Cansados de andar, com fome, resolveram parar e comer alguma coisa, entraram num café, pediram bolo e chocolate quente, conversas, mais conversas, risos e risos pensam em pedir uma cerveja, e depois outras, e muitas outras,,,até que, lá pelas 11 da noite resolveram ir embora para casa, pegaram o ultimo ônibus. chegando em casa.
O burrinho marrom todo alegre com os efeitos alucinógenos da cidade e os efeitos riso-ativos da cerveja, resolve tirar o burrão amarelo para uma dança, tentaram ! mas não sabiam como é que tocava-se em coisas reais, em sentimentos, em movimentos. Preocupados,pois já não era a primeira vez do ocorrido, trataram de ligara para o disk denúncia, tentaram registrar uma queixa do porque o governo estadual não ensinar as burros a dançar, a tocar nos sentimentos, movimentos...(e tantos outros pontos que não são só infinito de 3]três[ ) Porém o burro do atendente disse: senhor, essa informação não podemos lhes fornecer. Indignados com a resposta, o casal de burrinhos (meus amigos) começou a chorar; após observar o trabalho circulatório do relógio embutido no radinho novo, vendo que o tempo sem voz não fazia nada e ficar ali desmaterializando-se, soltando pêlos e lágrimas não adiantaria muita coisa, eles resolvem tentar mais vezes o ato da dança.E não conseguiam, não conseguiam nem tocar nas patas um do outro, era complicado, eles queriam ser livres na dança assim como os astronautas são livres do chão, eles queriam se tocar, mas eram tais como desconhecidos,feito sol e lua, sabe? Os olhares fugiam.Bifurcados. exaustos, como todos os burros, o cansaço vence e eles dormiram.
Inconformados.
Passaram dias e dias ligando pro disk denuncia e enquanto esperavam o atendimento, amplificavam o som que circulava dentro do aparelho telefônico e tentavam, em vão tentavam, insistentemente tentavam.
Tentavam encontrar o toque
]a liberdade[
Um certo dia o burrinho marrom resolveu ir até a sede do governo estadual-PASTO
 DOS DESPACHOS. Chegando lá, ele tenta falar com a governadora, mas é impedido por burros treinados em academias para a ignorância,e desmaterialização do direito de ir r vir. É, lá eles malham a ignorância, cada vez mais braçuda ela está, treinam o atropelamento do interesses individuais e enforcam as cores. Impedido pelos burros seguranças, ele resolve esperar a governadora sair do Pasto dos despachos, 4hrs depois de ter sentado na calçada fria, a governadora saí, ele saltando voraz ainda consegue uma fala antes dela começar a puxar sua carroça: 
aonde estamos? aonde estamos que eu não consigo falar com a senhora, burra governadora? Aonde estamos? Que lugar é esse onde há cavalos ao invés de pássaros? Aonde estamos, os anjos andam colados no negro asfalto e na solidão da vielas onde o cuidado, o bem querer nem se quer querem saber onde ficam? Ou pior, que lugar é esse minha companheira de lida, onde os vidros antes de quebrarem com o pouso de mangas flutuantes fecham corações-olhos-e-mentes para um dos muitos recortes “aromático”-reais mais fedidos desse lugar? Mentes? Minto? Burra, não posso nem dançar, dançar! e olhar nos olhos do meu burrinho? aonde estamos que os sentimentos voam pra longe de nós? aonde está a segurança do sentimento maior, o amor? aonde está tudo? a minha TV está lá em casa, o ICMS baixo deu pra fazer um quarto de não dormir. a minha sala já não é mais de estar. burra! aonde os burrinhos da rua podem dançar? aonde eu não sou vigiado?
Descongela!
observação: ele foi preso e enjaulado, o burrão do delegado, que quer ser promovido a secretario de segurança enquadrou o burrinho marrom.
Quando o burrinho amarelo veio me visitar, ele trouxe um pedaço de nuvem,uma borboleta e um peixe, depois que eu acabei de contar tudinho o que eu havia feito, ele com seu jeito manso feito a nuvem que havia trago, veio nadando contra o ar que nos separava e pousou em meu colo, chorou, chorou, e sumiu.
Cá estou, preso.
Na jaula do esque-cimento
Concreto, e sem o amor que o ar
Rarefeito, levou


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Qualquer coisa II

A folha com cheiro de página em branco, fazia com que o pescador de palavras se retorcesse em sua cadeira de plástico chinesa comprada no rio de janeiro, até que aportou no cais de sua mente criativa-em espaço de crise política- um barco à vela ocupado apenas por uma mulher com o corpo nu a não ser pelas coisas escritas em seus seios decaídos, que diziam em silêncio:
O meu corpo navega de mente em mente(e mente)de cais em cais, alguns mais limpos outros apenas cais. A cada parada meu corpo é invadido por lembranças extrangeiras(de outros corpos) e tatuado com olhares, toques e toques em brasa que nenhum urubu quer mais provar.Faça a coreografia que seus olhos quizerem, ou voe com suas asas de plástico.
O pobre pescador mal pode jogar sua rede furada de pensamentos solitários, ao acabar de escutar o som que partia do megafone de um corpo feminino, sentiu vontade de continuar a fazer o que outros fizeram com aquela desconhecida: um diário ambulante e com vida orgânica, mas seu silêncio de atos abriu espaço para aquele corpo feminino falar mudo:o teu calar, foi a brasa mais ardente que tocou meu corpo.
Após entrar no barco e afunda-lo com seu peso imaterial, ele bebeu tudo o que estava escrito nas paredes do mar, depois, navegando no plano terrestre, conectou-se ao mimiografo de sua tia Yracema  via cabos de fibra óptica e, xerocou a carta de despedida que fora entregue a sua namorada(a destinatária in-feliz) na carta, ele a cupava por ela ser responsável pela beleza infinita do mundo em especial pela beleza das flores.
O resto todo mundo sabe, o pescador matou-se comendo placas radioativas de um filme fotografico não revelado . o que interessava era contar usando  vozes de algum lugar, um pouco da mente  flutuante de um marujo

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Qualquer coisa I

Qualquer cheiro de raiva podia ter atravessado no momento em que Aristides pisou nos pés de pato de Luiz, ambos estavam dentro do ônibus pintado com as cinzas de um porco espinho, o ônibus levara os carvoeiros até a carvoaria de corpos nada humanos. A beleza de Aristides era igual ao vento(invisível) e isso fez com que os balões cheios de ares raivosos estourassem em outro lugar-na praça Vermelha. Luiz, podendo apenas sentir a beleza em forma de vento, codnome brisa,  permitiu-se entrar no corpo de Corvo azul daquele que pisara em seu pé.PA! quando chegou até a cabeça depois de ter vagado por tantas lacunas impreenchiveis, percebeu o desejo que o tal dono "Corvo" tinha aprisionado naquele instante por seu corpo, que agora caminhava por dentro de um corpo-corvo.
  Deve ser legal entrar na mente do outro e ver as raízes das árvores que este outro cultiva pra fora e pra dentro de si.

supostamente houve viagem
supostamente, houve-se visagens
supostamente, houve-se viagens
sopostamente, se houve viagem,
                                     visagem,
houve.

Devido a tantas possíveis viagens sobrenaturais dentro de um corvo azul, Luiz resolve sair pelo bico do do do pássaro azul para voltar a seu lugar de número 78, quando voltou a sua forma física cogitada como normal, estava sujo de sangue luminoso, percebe que a luz vem daquela cor, toca nas patas de Aristides com um cotonete azul da cor de mar molhado de suor de uma testa risonha, Aristides, abrindo um sorriso farpado,  parecendo mais um no meio dos carvoeiros cegos e com a alma dançante aprisionada, beija os labios cortantes de Luiz sabendo da saudade de tempos que erão para terem sido seus,
 e, e, e,
morre,
morre, com emorragia incontrolável causada pelas lâminas que decoram o beiço de Luiz, assim o ônibus sinza, cinza, passou ser vermelho sangue, sangue

quinta-feira, 21 de maio de 2009

certo dia eu não fui eu


hoje me recordei de uma manhã em que acordara na forma de um sapo cururu, pouco me recordo dessa manhã que se prolongou até a chegada da outra manhã. A multidão de acontecimentos estão bem nebulosos, tal quais ao espelho opaco do banheiro de um boteco onde as imagens mal aparecem; as fotografias construidas neste dia, não foram tecidas por um pedreiro grosso, mas sim, pelas vagarosas mãos de uma rendera, a mesma rendera construiu com argamassa sons tão leves que eu, como sapo cururu, triste,seco e quase totalmente solitário na caatinga de um cidade onde se vê apenas florestas de luzes, louvei a um deus criacionista por esses 'seus feitos'.Queria poder relatar minha prece ao senhor criador da rendeira a qual cantou:
meu senhor,por onde vou?
meu senhor ,quem é que eu sou?
por entre as nuvens feitas de algodão,
por de baixo do rio,do rio do ribeirão,
com penas ou só com coração, quem é que eu sou?
quem é que eu sou?
pra onde vou?
Por mais que pareça fácil vale falar que minha presse foi mais bonita!porém tentar recriar seria um infortunio, pois nem beleza real teria, seria uma felina vadia que come os filhos de dia e mente para um felino que que procura algo. Falando de felina vadia,busco no balde onde meus pensamentos estão comportados, a lembrança de um dia eu que eu fui um cavalo.

terça-feira, 21 de abril de 2009

vestida pra casar


ele era jovem,tinha um casamento marcado sua noiva era bela,educada,gentil até com os pobres,o pai dele era um importante advogado e tinha como composição organica o machismo.
Sua mãe tinha a função apenas de cuidar da casa e dos empregados,ela já não tinha nome,era apenas mãe e esposa.João Ulbadlo(seu nome de registro)tinha um carinho por uma das empregadas de sua casa,o nome dela era maria,maria apenas ,digo isso porque sua mãe também se chamava maria,só que antes de ser maria era mãe,esposa,logo seu nome: Maria Clara da Costa Reis ficou lá no altar do padre pedofilo,voltemos a maria apenas.A empregada,talvez fosse o que ele queria como mãe.Ela o enchergava,via seus sentimentos,percebia as cores que brotavam em seus olhos confusos,maria apenas não estava preocupada com que o marido ia pensar do filho que todos achavam estranho,mas também pudera ela ter esse comportamento,não era a mãe,nem a esposa,era apenas maria a empregada;.ela via que os outros não viam,por isso João lhe dedicava carinhos que eram carinhos a ser destinados a uma mãe.já ia perdendo o rumo,novamente voltemos.João tinha 22 anos,estava sendo obrigado a casar-se,joão tinha o gosto pela arte,seu pai lhe fizera um futuro na advocacia,joão gostava de um garoto,ninguem sabia,nem mesmo o sabiá,seu pai lhe matava dia por dia,houve um dia,véspera de seu casamento,joão matou-se vestido com o vestido de noiva de sua noiva.primeiro matou-se com palavras escritas para serem lidas depois de morto,depois matou-se com uma adaga para lembrar das dores dos comportamentos que lhe eram infiltrados sem seu concentimento.após isso matou-se enforcou-se eae cara amigo,João Ulbaldo da Costa Reis morreu.

quarta-feira, 15 de abril de 2009


por aqui o carteiro não deixa cartas.acho que é porque ninguem as envia.


já foste alguma vez na vida anão?então não sabes o que é ser anão ou és um?iiiih
lembro-me de quando era um anão!
meu pai com sua altura medonha me dava cascudos por ser deformado.
já foste na vida o outro sexo?então não sabes o que é ser o outro!

insisto recordar o tempo em que fui mulher
-na verdade, sou homem e mulher.
lembro da dor do parto, dos vácuos do sangue mensal.


sabes o que é ser estranho?
ser estranho na minha concepção nada aceita por outros, além dos outros eus, é ser um doende!
ser estranho como um doende é legal!hoje posso dizer o quão é bom ser doende até do natal.

tenho cogumelos para um chá.
tenho fadas safadas para me banhar
tenho um unicórnio e posso me movimentar.
tenho beleza, realeza, acho que já posso até voar



terça-feira, 7 de abril de 2009

gigante



um elefante têm quantas patas?
Disseram que os pés dele são almofadados parecidos com poltronas de cinema antigo
um elefante pode me ouvir?
um elefante,dois elefantes ou três elefantes?
eles incomodam ,incomodam,incomodan?
dizem que há mais de duas especies de elefante,
mas do que interessa saber?todos são elefantes.
eu não irei levar nenhum para passeio!nem para peso de papel,
que continuem a ser elefantes.
não quero eles cobrindo meu gigantismo de humano!
não quero seus altos sons surdos em meus baixos ouvidos cegos
não quero suas trombas com cor de cadeia suja enfiada no meu copo plástico com fantalaranja.
não quero um elefante,eles ocupam muito espaço e, minha vida compacta não os abrigaria.
um certo dia desses fui ao circo que chegou na minha pequena cidade,
lá avistei uma lágrima doce escorrendo de um ensosso elefante
ele era uma vez algo que não aquilo:
um dançarino gordo e condicionado a levar graça à um publico sem graça
chorei junto com ele
depois,sentei na razão e comi pipoca doce,fiquei a pensar...
porque é que eu chorei,será que caí em humanização?que palavra mais feia!
ou será que comungo da mesma prisão de pão e circo e amor e odio e dor
e descaso e tantas coisas que aquele elefante pintava na sua dança sem graça que tinha
e não tinha?ah,não sei
a razão não foi suficiente pra dá resposta à essa invenção de elefante maltratado.
nunca ví um elefante com suas sutis grossas patas condicionado ao não ser elefante
e sim um elefante espetaculo de circo ...e termino sem dizer que é o fim e sem dar ao menos um tchau.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

sextafeira 13:bu!

vou durmi pra não ver o tradiconal-medonho filme:chok...
vou durmi pra ver se não me olho no espelho quebrado lá da sala
vou durmi pra não falar,alimentar... a latoia(a gata preta daqui de casa)
vou durmi na cozinha,pra não ter que passar por debaixo da escada
vou durmi pra não ter que sair de casa e dá de cara com a encruzilhada
antes de pensar em durmi torei o rabo do coelho.
depois da meia noite eu acordo,o despertador tá programado afinal já é sábado.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

um(1)

um homem santo!
um santo do pau duro
um santo do pau oco
um santo vagabundo

carne podre,sangue vivo
madeira firme,sangue vivo
madeira oca,sangue vivo
carne santa,um labirinto

um santo disse pra mim,
que ser santo não é tão bom assim.
pensei em ser santo,agora recebo a luz
de que ser santo é ruim sim!

o santo se chamava são troxo.
são troxo era trouxa.poxa!
carregava uma trouxa de indesejos na coxa
oxa.

aí eu entendi.
um santo broxa.

agora eu quero ser do mundo
se der,como um santo...
eae mais um,menos um.