quinta-feira, 30 de julho de 2009

Qualquer coisa II

A folha com cheiro de página em branco, fazia com que o pescador de palavras se retorcesse em sua cadeira de plástico chinesa comprada no rio de janeiro, até que aportou no cais de sua mente criativa-em espaço de crise política- um barco à vela ocupado apenas por uma mulher com o corpo nu a não ser pelas coisas escritas em seus seios decaídos, que diziam em silêncio:
O meu corpo navega de mente em mente(e mente)de cais em cais, alguns mais limpos outros apenas cais. A cada parada meu corpo é invadido por lembranças extrangeiras(de outros corpos) e tatuado com olhares, toques e toques em brasa que nenhum urubu quer mais provar.Faça a coreografia que seus olhos quizerem, ou voe com suas asas de plástico.
O pobre pescador mal pode jogar sua rede furada de pensamentos solitários, ao acabar de escutar o som que partia do megafone de um corpo feminino, sentiu vontade de continuar a fazer o que outros fizeram com aquela desconhecida: um diário ambulante e com vida orgânica, mas seu silêncio de atos abriu espaço para aquele corpo feminino falar mudo:o teu calar, foi a brasa mais ardente que tocou meu corpo.
Após entrar no barco e afunda-lo com seu peso imaterial, ele bebeu tudo o que estava escrito nas paredes do mar, depois, navegando no plano terrestre, conectou-se ao mimiografo de sua tia Yracema  via cabos de fibra óptica e, xerocou a carta de despedida que fora entregue a sua namorada(a destinatária in-feliz) na carta, ele a cupava por ela ser responsável pela beleza infinita do mundo em especial pela beleza das flores.
O resto todo mundo sabe, o pescador matou-se comendo placas radioativas de um filme fotografico não revelado . o que interessava era contar usando  vozes de algum lugar, um pouco da mente  flutuante de um marujo

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Qualquer coisa I

Qualquer cheiro de raiva podia ter atravessado no momento em que Aristides pisou nos pés de pato de Luiz, ambos estavam dentro do ônibus pintado com as cinzas de um porco espinho, o ônibus levara os carvoeiros até a carvoaria de corpos nada humanos. A beleza de Aristides era igual ao vento(invisível) e isso fez com que os balões cheios de ares raivosos estourassem em outro lugar-na praça Vermelha. Luiz, podendo apenas sentir a beleza em forma de vento, codnome brisa,  permitiu-se entrar no corpo de Corvo azul daquele que pisara em seu pé.PA! quando chegou até a cabeça depois de ter vagado por tantas lacunas impreenchiveis, percebeu o desejo que o tal dono "Corvo" tinha aprisionado naquele instante por seu corpo, que agora caminhava por dentro de um corpo-corvo.
  Deve ser legal entrar na mente do outro e ver as raízes das árvores que este outro cultiva pra fora e pra dentro de si.

supostamente houve viagem
supostamente, houve-se visagens
supostamente, houve-se viagens
sopostamente, se houve viagem,
                                     visagem,
houve.

Devido a tantas possíveis viagens sobrenaturais dentro de um corvo azul, Luiz resolve sair pelo bico do do do pássaro azul para voltar a seu lugar de número 78, quando voltou a sua forma física cogitada como normal, estava sujo de sangue luminoso, percebe que a luz vem daquela cor, toca nas patas de Aristides com um cotonete azul da cor de mar molhado de suor de uma testa risonha, Aristides, abrindo um sorriso farpado,  parecendo mais um no meio dos carvoeiros cegos e com a alma dançante aprisionada, beija os labios cortantes de Luiz sabendo da saudade de tempos que erão para terem sido seus,
 e, e, e,
morre,
morre, com emorragia incontrolável causada pelas lâminas que decoram o beiço de Luiz, assim o ônibus sinza, cinza, passou ser vermelho sangue, sangue